quinta-feira, abril 25, 2024

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Defesa está confiante na absolvição de Guerrero

Chefe do Departamento de Genética e Biologia Molecular da UniRio, afirma que peruano tomou chá de forma acidental antes do duelo com a Argentina, pelas eliminatórias

O atacante Paolo Guerrero tem semana decisiva para voltar a jogar. Nesta quinta-feira, em Lausanne, na Suíça, ele será julgado em última instância pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). Embora a pena de seis meses chegue ao fim justamente no próximo dia 3, o peruano e sua defesa tentarão provar sua inocência. Em contrapartida, a Agência Mundial Antidoping (Wada) deseja a ampliação do sanção para dois anos de gancho. Guerrero foi pego no exame antidoping após partida entre Peru e Argentina, pelas eliminatórias da Copa, em 2017. A substância Benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, foi encontrada em sua urina.

Uma das peças-chave da defesa de Guerrero, o bioquímico L.C. Cameron, chefe do Departamento de Genética e Biologia Molecular da Unirio, embarca nesta segunda-feira para Lausanne. Está confiante na absolvição, principalmente pelo fato de a pena inicial ter sido reduzida de um ano para seis meses de gancho. Por isso, a tese elaborada por Cameron e utilizada nas audiências anteriores não sofrerá qualquer tipo de alteração. Vale destacar que o peruano correu risco de pegar gancho de quatro anos. A pena inicial foi reduzida para 180 dias em 20 de dezembro de 2017.

“Não é uma tese descabida, tudo está baseado nos resultados analíticos que foram medidos. Óbvio que estamos falando com base em dados, tanto que a FIFA acatou e houve redução de quatro anos para seis meses. Não mudamos qualquer parte de nossa argumentação inicial. Nós não concordamos com seis meses. Essa é a ideia geral. Tudo é embasado em resultados, não é defesa hipotética. Não é que achamos que pode ter acontecido, são dados concretos”, explicou Cameron.

L.C. Cameron argumenta que Guerrero tomou o chá em hotel de forma acidental. Segundo ele, o centroavante de 34 anos em nenhum momento pediu chá de coca, e o garçom, ao servi-lo, pode ter trocado os sachês ou não ter feito a limpeza do bule corretamente. “A tese é a seguinte: imagine que estamos num hotel, e a pessoa te serve um chá, não retira todo o resto que ficou no bule e coloca outro chá mesmo bule. A quantidade de metabólito medida na urina é tão pequena que é compatível com esse tipo de consumo. Não é que ele tenha pedido para tomar o chá de coca. O atleta pediu chá de anis, e o garçom (ou qualquer outra pessoa) colocou outro acidentalmente. Não estou dizendo que houve má-fé, mas algum equívoco. É possível pensar em várias confusões ao pegar diferentes saquinhos de chá e se equivocar em um deles.”

Outro fator que reforça a confiança de Cameron é a quantidade de Benzoilecgonina encontrada na urina do jogador de 34 anos. “O importante é que a dose medida na urina do atleta é pequeniníssima, não é compatível com uso de droga purificada. É compatível com pequeno uso de chá. Os experts da FIFA acataram nossa defesa, tanto que a pena diminuiu de quatro anos para seis meses. O objetivo é reduzir para zero, provar a inocência e que nada foi feito de errado. O que aconteceu foi a contaminação de algum chá que ele bebeu.”

 

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