sexta-feira, abril 19, 2024

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Coluna Pelo Estado – Federação PSDB e Cidadania vai decidir entre compor com Amin ou apoiar Moisés

A Federação PSDB Cidadania deve decidir nesta quinta-feira a indicação de Leonel Pavan para concorrer a vice de Esperidião Amin (PP). A não ser que aconteça um milagre entre a convenção realizada segunda-feira na Alesc e a reunião do colegiado, não há como os tucanos apoiarem a candidatura de Carlos Moisés (Republicanos) à reeleição. O milagre atenderia pela abertura de vaga na chapa majoritária, já ocupada pelos emedebistas Udo Döhler, candidato a vice, e Celso Maldaner, ao Senado.

Ainda assim, seria preciso contornar a ofensa que representou para os tucanos a oferta de vaga na suplência ao Senado e espaços futuros no governo. “Não somos um partido nanico, não somos um partidozinho, nem temos prefeitozinhos ou deputadozinhos. Somos um partido grande que já teve seis deputados estaduais, dois federais, três senadores, governador e vice-governadores. Administramos hoje o terceiro maior número de catarinenses”, protestou Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma. Sobre a preferência de prefeitos, vices e vereadores pela chapa governista, Salvaro lembrou que são 31 prefeitos do PSDB e 295 municípios. “Aceitar uma vaga de suplente seria quase transformar nosso partido em pó”, alertou.

A convenção não formalizou indicação ao colegiado. Os discursos foram pela unidade partidária. Mas, entre os convencionais, Leonel Pavan defendeu abertamente a composição com o PP. “Sou candidato a vice se for com Esperidião Amin. Se tudo der errado, posso concorrer a governador, mas não podemos aceitar essa ofensa”, dizia ele. Inclusive porque duas vagas na chapa de Moisés são para o MDB.

Esse é um ponto, aliás, o PSDB conhece pouco Moisés, que nunca fez questão de aproximação com a sigla, e muito o MDB. Os tucanos dizem que tem dois deputados estaduais a menos hoje por insistir em ajudar o MDB em 2018, na que é considerada a pior eleição para a sigla.

Governador Moisés e Rogério Pacheco. Foto Divulgação

Voto colegiado
Governador Carlos Moisés cheio de atenção ao presidente estadual do PSDB, Rogério Pacheco, durante a Festa Nacional do Leitão, em Concórdia. Pacheco tem conduzido os tucanos nessa novidade da federação. Sobre os apelos governistas, ele diz que os dois caminhos estão colocados para o colegiado decidir. “Tem que se respeitar a história do PSDB, partido que tem musculatura e deveria estar na majoritária”, pondera. No colegiado da federação, a decisão será tomada por três representantes do Cidadania e oito do PSDB: além de Pacheco, os três ex-senadores Paulo Bauer, Dalírio Beber e Leonel Pavan, os deputados estaduais Marcos Vieira e Vicente Caropreso, a deputada federal Geovânia de Sá e o ex-presidente da Alesc Gilmar Knaesel.

Marcos Vieira e prefeita Sonia Salete Vedovatto – Foto Divulgação

Cadeiras para mulheres
Marcos Vieira aponta, enigmático, que “a melhor solução é quando o PSDB é prestigiado”. Tem afinidade com os dois projetos e dito que vai votar com a maioria. O PSDB tem 31 prefeitos, 26 vices e mais de 300 vereadores, além 102 mil filiados. Na convenção, Vieira fez questão de ceder sua cadeira à prefeita de Monte Carlo, Sonia Salete Vedovatto (foto), para que a mesa tivesse duas mulheres. Geovânia já ocupava uma cadeira entre sete homens. Seu nome, a propósito, é muito bem cotado para suplente de senador, em qualquer das soluções escolhidas pelo PSDB.

Saneamento
O Banco da Família, em parceria com a Water.org que investe em projetos de saneamento e tem interesse no Sul do Brasil, reúne colaboradores sábado, na sede da Associação Empresarial de Lages, para capacitação em saneamento básico e saúde. Segundo dados do Instituto Trata Brasil, quase 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à coleta de esgoto e para 35 milhões, quase a população do Canadá, falta água tratada. Em cinco anos, o Banco da Família investiu R$ 31 milhões em saneamento em SC, PR e RS.

Carestia
A Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa informa que os custos de produção de frangos de corte caíram em junho ao menor patamar deste ano. Já o índice do custo de produção de suíno se manteve estável e acumula alta de 7,61% em 12 meses. Com isso, diminui a carne na mesa do brasileiro. A carne bovina, por exemplo, deve ter o consumo mais baixo dos últimos 26 anos. A Conab estima que serão 24,8 quilos per capita durante o ano de 2022. A maior alta da série histórica é de 2006, quando havia a disponibilidade de 42,8 quilos de carne bovina por brasileiro.

SC + Moradia
Governador Carlos Moisés sancionou o projeto SC + Moradia. Estará no Diário Oficial desta terça-feira. Há mais de década sem programa habitacional e com déficit de mais de 206 mil moradias, o governo finalmente vai conseguir alocar R$ 70 milhões previstos em orçamento para construção de casas para pessoas vulneráveis em áreas de risco.

Novo líder
O deputado Valdir Cobalchini (MDB) vai assumir a liderança do governo na Alesc, na posição deixada por José Milton Scheffer (PP). Os emedebistas, a propósito, tentam ajudar Carlos Moisés. Edinho Bez e Celso Maldaner estiveram inclusive na convenção do PSDB.

Produção e edição
ADI/SC jornalista Adriana Baldissarelli (MTb 6153) com colaboração de Cláudia Carpes. Contato peloestado@gmail.com

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