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A vida permanece na memória de quem fica, segundo animação

Viva, a Vida é uma Festa (2018). Desta forma, a Disney/Pixar celebra o Dia de Los Muertos. A animação conta a história de Miguel Rivera, um menino de 12 anos que queria ser músico, o maior músico do México, a despeito do desejo da família. A questão era bastante custosa à sua bisavó, com quem mora, já que ela e sua mãe foram abandonadas pelo tataravô do menino, que também nutria o mesmo sonho.

Então Miguel resolve ir em busca de ajuda para que o seu sonho aconteça. Do seu jeito. Ele atravessa um portal entre a vida e a morte, que só se abre no Dia de Los Muertos. Porém, ele deve voltar por este mesmo portal antes do amanhecer, para que não fique preso do outro lado. Nesta experiência, ele encontra os seus antepassados, que também o pedem para abandonar a ideia que já destruiu a família uma vez. Mas ele encontra também o seu grande ídolo da música mexicana, que o incentiva a perseguir o sonho.

Nesta viagem, a animação traz músicas e personagens folclóricos, lendas do cinema e da música mexicana. De acordo com a animação, enquanto os parentes vivos cultuam os mortos, eles continuam vivos na lembrança, neste mundo à parte. Porém, quando a pessoa deixa de ser lembrada, ela some até mesmo do mundo dos mortos.

O filme traz ainda um efeito de fotografia onde o mundo dos vivos é mostrado em tons escuros e o mundo dos mortos em tons vibrantes, mostrando que as vidas permanecem na memória. A animação da Pixar e da Disney conta com vozes de Gael García Bernal (Hector), Benjamin Bratt (Ernesto de la Cruz,), Edward James Olmos e Anthony Gonzalez (Miguel).

Culturalmente, as diferentes formas de cultuar os mortos

 Dia dos Mortos. Em cada cultura, um significado, uma celebração, uma tradição. Aqui no Brasil, costumamos levar flores aos túmulos de parentes e amigos que partiram, rezar, guardar o dia como um momento de silêncio e reflexão. Uma prática que tem registros desde o século V, quando a Igreja recomendava que se guardasse um dia no ano para lembrar dos mortos. A partir do século XIII, esta data passa a ser comemorada um dia após o Dia de Todos os Santos, para celebrar aqueles que se dedicam à fé cristã.

Porém, em vários lugares do mundo, a data é celebrada de forma diferente. Na Espanha, por exemplo, a data é comemorada em 1 de novembro. As pessoas voltam às suas cidades de origem para visitar os túmulos dos parentes. Usam roupas coloridas e vibrantes e levam como um dia festivo. No Japão, por outro lado, a comemoração é em 15 de agosto e aos mortos são dedicados três dias. Voltam aos lugares onde os falecidos viveram e limpam suas lápides, nos cemitérios. Já o povo austratliano chora seus mortos. Eles acreditam que os mortos se libertam do sofrimento de estarem encarnados na terra. Enquanto isso, os recém-nascidos vêm ao mundo resgatar seus carmas e cumprir seus destinos.

A história do Dia de Los Muertos (Dia dos Mortos), começou ainda nas civilizações pré-colombianas. A origem é asteca e o intuito é homenagear os ancestrais, celebrando seu retorno. Eles não acreditavam nos conceitos de céu e inferno pós-morte. O destino da alma era definido pela forma como a pessoa morreu e não pelas atitudes ao longo da vida. Desta forma, acreditavam que os mortos voltavam à Terra para ver seus entes queridos.

No México, é um dia de festa. Uma celebração dos ciclos de vida e de morte. No dia 1 de novembro, é o dia das crianças mortas voltarem e no dia 2, os adultos. Entre as comidas típicas, na comemoração mexicana, estão o Pan de Muerto – pão de baunilha e laranja, coberto de açúcar, com algumas variações; o Tamales, uma espécie de pamonha de feijão com molho de cebola, coentro e outros recheios, além de caveirinhas de açúcar, doces de chocolate branco decorados como caveiras. Simbolicamente, são usadas representações de caveiras pintadas e decoradas, o que acabou influenciando na festividade de Halloween, dois dias antes.

No Equador, as famílias indígenas e camponesas decoram as tumbas com imagens e objetos que os mortos apreciavam. Vestem suas melhores roupas e reúnem-se, ao redor do túmulo, com uma toalha estendida, onde servem o a comida tradicional de seus ancestrais: grãos, porco da índia assado, batatas, feijão fava, mellocos (tubérculo), milho cozido, chicha (bebida de milho fermentada), entre outras. Enquanto comem, conversam com os defuntos, e assim passam o dia, pedindo proteção. Lembram de histórias e contam as novidades.

Esta celebração encontra equivalência com o Samhtain, de origem celta, celebrada no final do verão e início da temporada escura – 31 de outubro e 1 de novembro. Nesta data, deixava-se comida nas entradas das casas, para a volta dos espíritos, neutralizando a presença dos maus. Esta é a origem do Halloween, introduzida no final do século XIX e início do século XX, em países da Europa e América. Hoje é conhecido como Dia das Bruxas, quando as crianças visitam as casas pedindo doces.

(Fonte Blog Unoesc)

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